quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

AS MINHAS PINTURAS


COSTA DA CAPARICA - Combóio

Aguarela e acrílico sobre tela 50 cm x 30 cm

Resolvemos pintar este quadro utilizando aguarela e acrílico ao mesmo tempo. Não fizemos misturas, mas pintámos ora com aguarela ora com acrílico e, no final, saiu o que vêm acima.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

UM PINTOR DE VEZ EM QUANDO

PAULA REGO

A pintura de Paula Rego não pode ser classificada como conservadora ou académica, mesmo se ela vem sendo (em especial desde o seu trabalho na National Gallery) um exercício de reaprendizagem dos meios de expressão pictural, reapropriando-se da possibilidade da representação humana e aprofundando os recursos da volumetria ilusionística do quadro, em contacto com as lições dos mestres antigos e de alguns contemporâneos (como Lucian Freud, que especialmente admira). «O naturalismo está muito fora de moda, mas eu não me importo», declara Paula Rego. «A moda passará. Estas revolucionárias 'pinturas silenciosas, com as suas réplicas sombrias', sobreviverão», comenta Maggie Gee num artigo do «Daily Telegraph».

«É tudo copiado à vista», insiste a artista, que expõe com as pinturas os seus desenhos preparatórios realizados com a constante presença dos modelos, desvendando assim os «segredos» de atelier, a «ordem e a disciplina» do trabalho do quadro em que se sustenta o seu poder de subversão. «Aprender a desenhar é muito importante. Eu também não sei muito bem, mas estou a aprender», diz Paula Rego.

Extraído de “Textos de ALEXANDRE POMAR”, EXPRESSO, CARTAZ, 22-5-1999